Realizar atividades de extensão com as possibilidades disponibilizadas pelas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) foi o caminho encontrado pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) para continuar levando à sociedade os frutos da articulação entre ensino e pesquisa, sem ferir às recomendações de distanciamento físico, em razão da pandemia de Covid-19. “Nós implementamos vários projetos, para atendermos às demandas da sociedade. Nessa nova realidade chegamos até a ampliar o alcance de nossas ações a um público maior, algumas vezes até de outros estados”, explica a pró-reitora de Extensão, Alba Lúcia Raithy, referindo-se ao contexto deste ano de 2020, quando o cenário pandêmico exigiu da humanidade novas formas de ser e estar no mundo.

Os recursos da modalidade de ensino on-line, o ensino híbrido e os desafios de aprender a aprende e reaprender a ensinar têm repercutido em muitos debates relacionados às adequações das instituições de ensino aos tempos de pandemia. Mas, quando se trata de uma universidade, também a pesquisa e a extensão precisaram se ajustar às exigências do distanciamento físico. No caso da extensão, que se caracteriza por ações e serviços que aproximam a universidade da comunidade, geralmente reunindo um número expressivo de pessoas, em convívio social, tão logo as atividades presenciais foram suspensas, professores, técnicos e alunos começaram a propor a realização de seminários realizado via internet, transmissões ao vivo, Teleatendimentos, entre outras ações. Como ainda não havia um regramento interno na Uepa, que contemplasse a modalidade de eventos on-line com as suas especificidades, a Proex estabeleceu normas para a certificação de atividades de extensão dessa natureza, na Instrução Normativa 001/2020. Desde então, uma diversidade de eventos de interesse técnico, social, científico, artístico e de difusão cultural têm sido realizados no âmbito das ações institucionais de extensão.

ENFRENTAMENTO À COVID

Algumas programações capitaneadas pelos campi da Uepa tiveram como objetivo fornecer recursos materiais ou informação para a população lidar com a pandemia de Covid-19. Esse foi o caso do serviço de Teleatendimento médico e psicológico realizado entre os meses de março e agosto, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), que “no auge da pandemia, realizou mais de 5 mil teleatendimentos de pessoas que estavam aflitas, com a situação de saúde física ou psicológica de seus familiares ou delas próprias”, conforme ressalta professora Alba.

Em parceria com o CCBS, o Campus XVIII da Uepa, em Cametá, desenvolveu duas séries de vídeos educativos, denominadas A Importância da Saúde Mental em Tempo de Isolamento Social e O Isolamento Social como Medida Eficaz para Evitar a Contaminação da COVID-19. De acordo com a coordenadora do campus, professora Natácia Silva, a produção dos vídeos contou com a consultoria da psicóloga da Uepa, Suely Belém, e teve como principal objetivo orientar a população para que ficasse em casa e ajudasse a reduzir o contágio. “A Uepa Cametá não mede esforço no desenvolvimento de suas atividades e vem desempenhando com êxito seu papel social junto à comunidade e difundindo conhecimento a todo a região do Baixo Tocantins”, afirma professora Natácia.

Já no Campus XVII da Uepa, em Vigia, o projeto de extensão Enfrentamento à Covid 19 consistiu na realização de cinco lives sobre temas como Relacionamento Humano em Tempo de Isolamento Social pelo Covid 19As transmissões ao vivo foram realizadas pelas redes sociais, que no mês de abril, alcançaram em torno de mil pessoas, conforme relatório da Pró-Reitoria de Extensão.

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

Vários grupos de pesquisa da Instituição implementaram ciclos de lives, como foi o caso do Grupo de Estudos em Linguagem e Práticas Educacionais da Amazônia (Gelpea), que seguiu com agenda de palestras, com convidados locais e nacionais. Há ainda, grupos que realizaram eventos internacionais, como foi o caso do III Seminário de Bioantropologia do Grupo de Pesquisa em Bioantropologia. O curso de Tecnologia de Alimentos, por sua vez, realizou de agosto a setembro, uma série de palestras semanais, com transmissão pela plataforma Google Meet, dentro do projeto Ciência com Farinha: falando de ciência e tecnologia de alimentos, em casa. Ao todo foram 12 palestras, com inscrições prévias dos participantes. O coordenador do curso, professor Diego Aires da Silva, esclarece que “para viabilizar a certificação aos participantes por meio da Pró-Reitoria de Extensão, o número de inscrições foi controlado e em cada uma das palestras havia em média 60 pessoas inscritas, mas ao todo foram 750 participantes”, contabiliza.

ARTE, CULTURA E DIVERSÃO 

No balanço das ações de extensão relatadas pela Proex até o mês de outubro, o Campus XXI da Uepa, em Bragança, se destacou em termos de público, pelas programações São João na Rede e Curta-Metragem Assustador, realizadas em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e que totalizou uma audiência de mais de 15 mil pessoas durante as transmissões, conforme ralata o técnico administrativo da Proex, Jefferson de Sousa.

E quando a extensão envolve arte, o Núcleo de Arte e Cultura (NAC) da Uepa, se faz presente. No dia 15 de outubro, a programação Círio de Todos os Timbres, transmitida da Catedral Metropolitana de Belém, pela rede social Instagram, no perfil @uepaoficial, emocionou o público que assistia à apresentação das cantoras Bruna Luz e Laura Santana, com a participação da pianista Francielem Pantoja.

Na avaliação de Alba Raithy, “a extensão da Uepa tem demonstrado que a universidade teve a sensibilidade de enxergar as necessidades da sociedade e se adequar às condições de um contexto de pandemia”.

 

Texto: Guaciara Freitas/Ascom Uepa
Arte gráfica: Márcio Dias/Ascom Uepa

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