A maioria das pessoas não sabe que o alcoolismo é uma doença. “Existe muito preconceito e ele é originado da desinformação, acham que a pessoa que tem problema com a bebida alcoólica é por falta de caráter, de vergonha na cara, e outras expressões pejorativas que acabam utilizando”, diz Tadeu T.B. membro do Alcoólicos Anônimos (A.A.) e do comitê de divulgação do grupo, sóbrio a três anos (EXAME, 2018).

Dia 18 de fevereiro é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, uma data criada para conscientizar a população sobre a doença e os prejuízos causados por ela. Hoje, existem diversas formas de buscar informação e ajuda, seja pelo grupo de Alcoólicos Anônimos ou pelas políticas públicas, que buscam a redução de danos causadas pelo consumo excessivo da bebida (EXAME, 2018).

Pesquisas

“Segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita pelo Ministério da Saúde, em 2016, a frequência do consumo abusivo de bebidas alcoólicas foi de 19,1%, sendo cerca de duas vezes maior em homens (27,3%) do que em mulheres (12,1%). Considera-se uso abusivo quem ingeriu de quatro a mais doses para mulheres, ou cinco a mais doses para homens, em uma mesma ocasião dentro dos últimos 30 dias antes da pesquisa.

O aumento no percentual de brasileiros que combinam álcool e direção também foi demonstrado pela pesquisa Vigitel. Em 2016, 7,3% da população adulta das capitais brasileiras declararam que bebem e dirigem. No ano anterior, o índice foi de apenas 5,5%. Um aumento de 32%, em apenas um ano, segundo o Ministério da Saúde.

O álcool pode ocasionar ou ser um fator agravante para várias doenças, tanto fisiológicas quanto psicológicas e comportamentais. “Difícil achar um alcoólico que não pensou em se suicidar”, conta Tadeu.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o uso nocivo do álcool é um fator causal para mais de 200 doenças e condições de lesão. No mundo, 5,1% da carga global de doenças e lesões é atribuída ao álcool (EXAME, 2018).

Sinais e Sintomas

  • Falta de controle do consumo de bebidas alcoólicas;
  • Tolerância cada vez maior à bebida;
  • Manifestações de síndrome de abstinência (ao interromper o consumo de Álcool) tremores nos lábios, mãos, pés; náuseas, vômitos, suor excessivo, ansiedade, irritação, podendo evoluir para convulsões e estados de confusão mental, com falta de orientação no Tempo e no espaço e alucinações.

Efeitos do alcoolismo

  • Lesões acidentais, como no caso de batidas de automóveis, quedas, queimaduras e afogamentos;
  • Lesões intencionais, como no caso de lesões por arma de fogo, abusos sexuais e violência doméstica;
  • Aumento das lesões no trabalho e perda de produtividade;
  • Aumento dos problemas familiares, separações;
  • Envenenamento por álcool;
  • Pressão alta, derrame cerebral e outras doenças cardíacas;
  • Doença hepática;
  • Danos neurais;
  • Problemas sexuais;
  • Danos cerebrais permanentes;
  • Deficiência de vitamina B1 que pode levar a um distúrbio caracterizado por amnésia, apatia e desorientação;
  • Úlceras;
  • Gastrite (inflamação das paredes do estômago);
  • Desnutrição;
  • Câncer na boca e garganta (FUNDAÇÃO PARA UM MUNDO SEM DROGAS, 2019).

Saúde do Servidor da UEPA

Na Universidade do Estado do Pará, existe o NAS (Núcleo de Apoio ao Servidor), um setor voltado a realização  de atendimentos  psicossociais  dos  servidores  da Universidade do Estado do Pará  (UEPA),  serviço  este  que  é essencial à promoção da saúde mental e bem-estar do trabalhador, O núcleo pauta sua estratégia de atendimento na perspectiva preventiva e terapêutica, baseando-se na valorização do servidor como pessoa e profissional em seu ambiente de trabalho.

Os serviços do NAS podem ser procurados caso o servidor ou servidora, docente e técnicos-administrativos da UEPA se encontrem em situação de sofrimento e conflito emocional, tristeza extrema, ansiedade, pânico, entre outros, além de sofrimento causado pelo uso abusivo de álcool e outras drogas e pelo trabalho e as doenças ocasionadas pelo trabalho. Quando se encontrar em sofrimento e em conflito emocional, vivenciados no  trabalho, no convívio familiar e social.

Se chega ao NAS através de encaminhamento por escrito (memorando  ou e-mail pela chefia ou através da iniciativa  do  próprio  servidor, que pode entrar em contato direto com o NAS por telefone: (91) 3131-1768 ou e-mail: nas.uepa@gmail.com. O NAS fica na Tv. Perebebuí, nº 2623, esquina com a Av. Almirante Barroso, no campus CCBS, bloco B, segundo andar, última porta à esquerda.

Referências:

EXAME, 2018. Preconceito e desinformação dificultam combate ao alcoolismo.

FUNDAÇÃO PARA UM MUNDO SEM DROGAS, 2019. A verdade sobre o álcool.


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