A Universidade do Estado do Pará (Uepa) lançou no dia 22 de dezembro de 2020, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS/Uepa-Capital). O documento foi apresentado aos membros do Conselho Universitário (Consun), durante a 242ª reunião ordinária, realizada no Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT). O Relatório Técnico-Científico é organizado pelo pró-reitor de Gestão e Planejamento, Carlos Capela Bispo, e pelo coordenador do Programa Uepa Ambiental, Hyago Nascimento Souza.
A obra, publicada pela Editora da Uepa (Eduepa), é o primeiro instrumento de gestão construído pelo Programa Uepa Ambiental que visa atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e à Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), além dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O presidente do Consun e reitor da Uepa, Rubens Cardoso, foi o autor do Prefácio. Na apresentação, ele destaca a importância da participação de professores, técnicos-administrativos e alunos na construção do documento e avalia o Plano como instrumento de apredizagem em torno da sustentabilidade. “Como instituição formadora, alicerçada no ensino, pesquisa e extensão, a Uepa faz de suas ações uma fonte de conhecimento. E, mesmo que os resultados se afastem dos objetivos traçados, sempre restará uma oportunidade de discussão e debates de ideias na busca de correções e de melhorias contínuas nos processos consequentes”, escreveu Cardoso. Durante a reunião, o reitor afirmou ainda que serão feitos os Planos dos demais campi para que ações como essa sejam alinhadas em toda a Uepa.
A construção do Plano de Resíduos Sólidos
“Motivados pela falta de uma gestão adequada de resíduos sólidos na Universidade, a comissão técnica do Programa de Gestão Uepa Ambiental deu início em um projeto desafiador: construir um plano de gestão integrada baseado na Lei 12.305/2010”, explica Hyago Nascimento Souza.
O engenheiro ambiental afirma que “no início de 2019 o primeiro passo foi levantar informações gerais sobre a situação da gestão de resíduos em todas as unidades da Uepa em Belém, chamado de pré-diagnóstico. Com esses dados foi possível ter uma visão ampla e tomar decisões sobre o planejamento da construção do Plano. Os resultados deste pré-diagnóstico foram tão significativos que, a partir dele, foi elaborado um artigo científico apresentado no 10º Fórum Internacional de Resíduos Sólidos em João Pessoa , recebendo “Menção Honrosa” pela organização do evento. Feito esse, inédito na gestão da Uepa”.
Em maio de 2019, começou uma nova etapa do PNRS para diagnosticar os principais resíduos gerados pela Universidade. Em 2020, a crise do novo Coronavírus (Covid-19) alterou o processo de trabalho: “Apesar do distanciamento e os home offices, continuamos o trabalho. Então chegamos nas etapas de projetar e planejar o futuro com o Prognóstico e Proposições. Essas etapas foram construídas a partir do panorama interpretado pelos diagnósticos, permitindo tomar as melhores decisões ao planejamento”, afirma Souza.
“O PGIRS foi construído olhando o futuro em 10 anos da Uepa em Belém, dando a largada em 2021 em sua execução. O próximo desafio agora, é estender este Plano para o interior do Estado, abrangendo as diferentes singularidades dos campi do interior, para que também construa-se o volume 2 do PGIRS”, finaliza Hyago.
Uepa Ambiental
O Programa Uepa Ambiental foi institucionalizado em 2018 e incentiva a mudança de hábitos, mas não somente no ambiente de trabalho. A ação é estratégica ao enfrentamento de problemas relacionados ao meio ambiente e exige uma mobilização social, com articulações coordenadas para a formação de uma consciência sobre o meio ambiente.
Por sua natureza multidimensional, a ação de educação ambiental integra a comunidade na busca de um bem comum. Por isso, o Uepa Ambiental é mantido de forma permanente, agrega os esforços da Instituição pelo ambiente e envolve toda a comunidade acadêmica em prol da preservação de recursos e incentivo das práticas sustentáveis, como incentivar o menor uso de materiais descartáveis, praticar a coleta seletiva de materiais, economizar energia elétrica e reduzir o consumo de água.
Texto: Marília Jardim e Ize Sena/Ascom Uepa
