Evangélicos e Pentecostais: além de suas fronteiras na América Latina

Dario Paulo Barrera Rivera, Donizete Rodrigues, Manoel Ribeiro de Moraes Júnior (Org.)

O livro “Evangélicos e Pentecostais: além de suas fronteiras na América Latina”  inicia-se com o capítulo “La transnacionalización de la religión Israelita del Nuevo Pacto Universal en América Latina”, em que Lucía Meneses e Paulo Barrera enfocam um movimento religioso que se autodenomina Misión Israelita de Nuevo Pacto Universal. A investigação requereu dos pesquisadores uma inovação conceitual para uma abordagem sobre algo que vai um pouco além do que seja “evangelico”.

No trabalho seguinte, “O pentecostalismo nas terras de Rondon: uma análise sociológica a partir dos dados censitários”, César Portantiolo Maia e Donizete Rodrigues tecem um cenário do pentecostalismo em Rondônia, estado federativo do Brasil, a partir de uma revisão bibliográfica e dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em “El movimiento Con Mis Hijos No Te Metas: ¿una corriente político-religiosa o un exorcismo colectivo?”, Véronique Lecaros analisa um movimento social que confronta as políticas de igualdade de gênero e, em meio a esta batalha campal, evoca uma comoção ética cristã com apoio de líderes políticoevangélicos, associando as políticas de igualdade às campanhasde fomento à homossexualidade.

O quarto texto tem como título “Jovens Evangélicos e Política: Compreensões de Estudantes. Universitário da AGEUP/PERÚ”, um trabalho assinado por Frank Antonio Mezzomo, Cristina Satiê de Oliveira Pátaro e Paulo Barrera Rivera. A pesquisa enfocou o perfil religioso, político, teológico e econômico dos discentes de instituições públicas e privadas de ensino superior do Perú, que são associados à Asociación de Grupos Evangélicos Universitarios del Perú (AGEUP).

No capítulo “A Festa e suas Reinvenções Discursivas entre Pentecostais: Olhares a partir do Amazonas”, o enfoque investigativo de Diego Omar da Silveira esclarece a chegada e o crescimento da expressão religiosa dos evangélicos à cidade de Parintins – a segunda maior cidade do Amazonas. Em passos seguintes, o autor apresenta as maiores expressões culturais e festivas do município amazonense e, ao mesmo tempo, o modo como os integrantes das igrejas evangélicas reagem a essas expressões regionais tão importantes para o desenvolvimento socioeconômico para a região.

No capítulo seguinte “Batistas Brasileiros e sua Experiência Migratória ao Canadá”, André Paes conduz uma investigação sobre comunidades evangélicas que revela como algumas igrejas são agregações de fiéis de uma mesma nacionalidade, transformando a comunidade de fé em algo que ultrapassa a concepção de uma agência religiosa.

O capítulo final é o de  Kelly Thaysy Lopes Nascimento, “Evangélicos Brasileiros em Orlando no Século XXI”, e traz a investigação sobre o papel sociorreligioso de duas igrejas evangélicas na cidade de Orlando, nos Estados Unidos.

ISBN978-65-88106-04-4
Peso325 g
Formato15 x 20,7 cm
PreçoR$ 40,00

Religião e Cultura Visual no Brasil: desafios e métodos

Kátia Marly Leite Mendonça, Helmut Henders e Etienne Alfred Higuet (Org.)

As contribuições deste livro dividem-se em três seções: campi das culturas materiais e visuais das religiões no Brasil e seus desafios; a importância do estudo das culturas materiais e visuais das religiões em outros contextos; e métodos para o estudo das culturas materiais e visuais das religiões no Brasil e sua diversidade.

A primeira seção, organizada de certo modo cronologicamente, introduz a importância dos estudos da cultura material e visual para a área de conhecimento de Estudos da religião e teologia e evidencia como linhas específicas da pesquisa podem se beneficiar com essa perspectiva.

Os dois capítulos da segunda seção dão tanto continuidade à primeira, como servem como ponte para a terceira, e têm em comum trazer perspectivas desenvolvidas fora do país. Em seu capítulo, David Morgan se concentra na definição de cultura visual como “investigação de como as pessoas organizam visualmente os seus mundos e, ao mesmo tempo, como as imagens as afetam”. Volker Küster introduz mais um campo e integra mais uma região do mundo. Seus exemplos da África, das Américas e da Ásia articulam tendências específicas e, ao mesmo tempo, relações entre essas regiões, na perspectiva da contextualização de práticas e ideias religiosas através da hibridização entre artes religiosas locais, como outro lado do aspecto polissêmico da cultura material e visual.

A terceira seção se dedica a métodos para o estudo das culturas materiais e visuais das religiões.  Ela inicia com o capítulo de Américo Bonfim, que aplica o método de Marcel Mauss em seu estudo de caso sobre os “novos santos” como estudo visual da religião popular. No capítulo seguinte, Douglas Rodrigues da Conceição, da Universidade do Estado do Pará (UEPA), parte dos conceitos da intertextualidade (Julia Kristeva) e da transtextualidade (Gérard Genette) e, com isso, de seu foco na aplicação da semiótica literária aos estudos da religião.

Ao final do livro, Kátia Marly Leite Mendonça nos introduz ao mundo da teoria visual ortodoxa, sinalizada pela metáfora clássica da “janela para o infinito”. Ela se refere a Guy Debord e David Freeberg quanto ao aspecto performativo, até potencialmente violento, da imagem, mas se concentra, em particular, nas concepções da imagem de Pavel Florenski e da janela de Andrei Tarkovski, com interface na “aura” de Walter Benjamin, explorando, além da visão usual e até materialista da imagem, um horizonte espiritual, enfim, como janela para o infinito.

ISBN978-65-88106-05-1
Peso436 g
Formato15 x 20,7 cm
PreçoEsgotado