ESTUDANTES DO CAMPUS XIX/UEPA CRIAM GIBI SOBRE CORONAVÍRUS

Acadêmicos de Licenciatura em Ciências Biológicas do campus da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Salvaterra, no Marajó, encontraram uma forma lúdica para demonstrar o percurso do novo coronavírus no corpo humano. Intitulada ‘Coronavírus: uma batalha interna’, a história em quadrinhos (HQ) pode ser utilizada para fins didáticos e está acessível a todos, gratuitamente. Para conferir a HQ clique aqui.

Sob a coordenação da professora Inês Trevisan, do Departamento de Ciências Naturais da Uepa, o gibi é resultado da disciplina Prática de Ensino de Biologia I. “É voltada para se trabalhar alguns recursos interessantes para o processo de ensino da Biologia. O gibi é destinado a qualquer tipo de público pela sua linguagem acessível. É uma proposta de divulgação científica sobre o coronavírus. Já tivemos 322 acessos e 279 downloads, atingindo nosso objetivo”, orgulhou-se a professora.

Além da proposta de recurso para o ensino remoto, o material auxiliou a disseminar as informações baseadas em evidências, combatendo as chamadas notícias falsas (fake news), já que o material pode ser rapidamente compartilhado por meio de aplicativos de celular.

A HQ trata de pontos como transmissão do vírus, estágios de infecção, métodos de prevenção e importância do processo de imunização. “A ideia também foi levar informações relevantes necessárias para o dia a dia do ribeirinho, das pessoas que enfrentam a pandemia. Traz uma breve história da pandemia, a prevenção e a transmissão do vírus, assim como o valor da vacina, e a batalha interna, do sistema imunológico para enfrentar o vírus”, explicou a professora bióloga, Inês Trevisan.

A história contada no gibi está dentro do contexto amazônico, com a cidade de Salvaterra, na Ilha do Marajó, o que gera uma identificação natural dos leitores com o conteúdo. No roteiro, os futuros professores de Biologia são protagonistas ao levar as informações para dentro de sala de aula.

Elton John Santos Silva fez os desenhos iniciais à mão. “Eu fazia os desenhos em uma folha A4 a lápis e depois o meu colega Rolando Célio utilizava de um aplicativo para cobrir manualmente. Um trabalho árduo já que não possuíamos ferramentas especificas de precisão que o processo necessitava. Logo depois, nós utilizamos um programa pago para colorir e organizar os balões, o que nos limitava quanto ao posicionamento e espaçamento dos textos”, detalhou Elton.

O trabalho foi desenvolvido em paralelo a outras atividades da disciplina. “Quanto aos resultados ficamos bem satisfeitos, pois tivemos um tempo bem curto para a produção. Outro ponto a destacar é a falta de softwares e apps gratuitos e com o nosso idioma nativo que nos forçou a entender um pouco de inglês para prosseguir”, avaliou o universitário Elton John.

Rolando Célio Gonçalves Pacheco destacou que os aplicativos móveis foram a alternativa à uma mesa digitalizadora, utilizada por profissionais do ramo. “Usávamos o próprio dedo para desenhar os personagens e construir a história em si. Não sabíamos que seria tão trabalhoso, mas o final saiu quase do jeito que planejamos. Inicialmente focamos na disciplina e depois pensamos em disponibilizar com o intuito de crianças, pais, a sociedade em geral, lessem”, afirmou Rolando.

O processo de transmissão descrito na HQ ajuda a entender do ponto de vista biológico porque é importante fazer a higienização de mãos e usar máscaras de proteção. “Explicamos sobre o coronavírus e como ele infecta o corpo humano e as medidas a serem tomadas, além do distanciamento social e da vacinação”, complementou Rolando.

Texto: Dayane Baía (Secom).

Adaptação ao título e imagem da publicação: Paulo

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